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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Artigo: "Muito. Muito Antes do Arco-Íris - A Primeira Versão de The Wizard of Oz para a Broadway"
















































Por Claudio Erlichman (texto e pesquisa)


Considerado o musical mais popular de sua época, The Wizard of Oz (na imagem acima, o pôster original) foi a atração que inaugurou o Majestic Theatre de Nova Iorque em 20 de janeiro de 1903 (demolido em 1954). Era aquilo que os americanos chamam de extravaganza, ou seja, um espetáculo musical caracterizado pela liberdade de estilo e estrutura que geralmente contém elementos do burlesco, pantomima, music hall e paródia; e às vezes elementos do cabaré, circo, teatro de revista, vaudeville e mímica, sempre numa produção teatral cara e muito elaborada. Esta estrutura era muito comum no final do século XIX, na Inglaterra, e ficou muito popular através das peças de James Pranché (1796-1880).

Esta produção espetacular, que L. Frank Baum adaptou de seu próprio conto de fadas The Wonderful Wizard of Oz (O Maravilhoso Mágico de Oz) tem um enredo que conhecemos bem: um ciclone sopra Dorothy e sua vaquinha de estimação (isto mesmo uma vaquinha!!!) do Kansas para a Terra dos Munchkins. Após encontrar o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde, Dorothy e seus novos amigos passam por muitas aventuras até que finalmente encontram o Mágico na Cidade das Esmeraldas, quando Dorothy conclui que "não há lugar como o lar". (Veja no vídeo abaixo imagens da produção original)



A produção acabou ficando mais do que um ano em cartaz em Nova Iorque e Brooklin e viajou durante seis anos pelos Estados Unidos. No entanto seu score veio de tantas fontes diferentes que nenhuma editora conseguiu juntá-lo numa coletânea para piano e voz, e apesar de sua popularidade The Wizard of Oz nunca pôde ser remontado - houve uma tentativa de remontagem em 2010 pela Cantom Comic Opera Co., no Canadá - e todos os seus truques e segredos estão perdidos até hoje. Quem estava no comando da produção não era Baum que também compôs as letras, e muito menos Paul Tietjens seu compositor, mas sim Julian Mitchell (o mais prolífico diretor de musicais da Broadway de todos os tempos) que reescreveu o libreto, dirigiu e coreografou a produção, além de Fred Stone & Dave Montgomery.






















Montgomery & Stone (acima as fotos deles caracterizados) foram dois dos mais amados artistas norte-americanos. Eles eram acrobatas talentosos que podiam cantar, dançar, atuar, fazer mímica e conquistaram a sua fama justamente nesta montagem de The Wizard of Oz, com Montgomery protagonizando o Homem de Lata, e Stone o Espantalho. Eles se conheceram nos seus 20 anos, e em 1894 criaram um número de música e dança, usando a cara pintada de preto, que faria o circuito do vaudeville nos próximos dez anos. Os artistas alcançaram o auge no prestigioso Keith Circuit antes de estrearem na Broadway com The Girl from Up There, em 1901. Foram o exemplo clássico daqueles atores que vieram do vaudeville para o grande sucesso na Broadway, fama garantida em shows feitos sob medida para seus talentos. Se na vida real eram bem apessoados e tinham uma vida comum, nos palcos se tornavam os mais estranhos e excêntricos o possível.

Após o grande sucesso de The Wizard of Oz, o mesmo time de produtores e diretor surgiria com uma imitação, só que tendo como compositores os grandes Victor Herbert & Glenn MacDonough. Assim nasceu Babes in Toyland, um clássico dos primórdios da Broadway, depois filmado com o Gordo e o Magro (Era uma vez Dois Valentes, 1934).

(Capa do CD The Wizard of Oz, de 1903)  























Finalmente, um século depois de sua estreia, o magistral CD The Wizard of Oz (1903 Vários Compositores) Studio Recordings, Piano Rolls, Music Box Discs, 1902-08 (Hungry Tiger Press, 2 CDs) reconstituiu o show numa antologia. Todos os créditos são devidos ao produtor David Maxine, para quem este projeto difícil e assustador foi obviamente um trabalho de amor, já que não houve gravação com o elenco original, as partituras que sobreviveram são fragmentos, e nunca houve uma coletânea completa das músicas e libreto do show publicadas. Originalmente, como já dissemos, Baum trabalhou no libreto e letras, e Paul Tietjens compôs algumas das músicas do show, mas esses esforços pararam logo e deram lugar a uma quantidade interminável de canções intercaladas (o nome A. Baldwin Sloane, frequentemente citado como compositor do show, não está nem em evidência aqui). Como Maxine explica claramente no encarte do CD, The Wizard of Oz era atualizado dependendo do artista, assim sendo o material do musical era acrescentado e removido incessantemente.



Dentre os números mais populares estavam "Sammy" (assista o vídeo acima), "Hurrah for Baffin's Bay" e a animadamente sádica "Football" (assista o vídeo abaixo).



Se estes títulos não parecem ser os mais prováveis para se encontrar no caminho para Oz, a sinopse do show, encontrada em jornais da época, indica o quão pouco do livro de Baum remanesceu; até mesmo o Leão Covarde teve seu status reduzido a uma pequena participação. Os dois CDs vêm abarrotados com tudo que é tipo de curiosidades. A maior parte deles são gravações acústicas das canções, mas alguns números só existem ou em rolos de piano ou em caixinhas de música. Também incluídas estão algumas canções que não são de Oz, mas gravadas por membros do elenco original. É óbvio que o resultado final é uma colcha de retalhos, más ajuda muito as letras virem impressas no encarte.

Esta primeira montagem de The Wizard of Oz sem dúvidas contribuiu para transformá-lo em um dos grandes mitos americanos antes de ser totalmente solidificado no inconsciente coletivo ocidental, o que viria acontecer com o filme de 1939, da MGM, e suas reprises anuais. Nesta versão da história, o Leão nunca é descrito como covarde, nunca se torna amigo de Dorothy, e não pode falar. A Bruxa Malvada do Oeste nunca aparece e por isso não pode ser derretida. Não há sapatinhos, rubi, prata, e a viagem de Dorothy para encontrar seu caminho de casa é muitas vezes eclipsada por uma história sobre uma rebelião política na Terra de Oz. Apesar de ter sido escrito pelo criador de Oz, o enredo simplesmente não se parece muito com Oz. Ainda assim, o sucesso desta adaptação teatral parece ter sido, pelo menos parcialmente, responsável por empurrar Oz além de suas raízes como um charmoso conto de fadas da virada do século e transformá-lo no mito cultural e comercial da indústria de entretenimento que é hoje.

Na introdução do segundo livro de Oz, The Marvelous Land of Oz (A Maravilhosa Terra de Oz), publicado um ano após deste musical ter estreado em Nova York, Baum escreve que ele prometeu a uma menininha que pediu por uma sequência que, quando "milhares de meninas tiverem escrito (.) mil cartinhas pedindo outra história", ele atenderia o seu pedido. Baum observa que "o sucesso da produção para o palco [...] trouxe novos amigos para a história" e inspirou as necessárias "milhares de cartas". Baum escreveu mais doze sequências, uma coletânea de contos, e tiras de história em quadrinhos sobre de Oz, além de ter produzido três filmes mudos usando seus personagens. Ao construir uma marca em Oz, Baum transformou sua história em uma propriedade comercial segura com um valor que deu a MGM a confiança para investir o dinheiro necessário para fazer o filme que levou muitos de nós para "além do arco-íris".


Bibliografia:

- Broadway Babies - The People Who Made The American Musical, de Ethan Mordden
- Broadway Musicals - Show by Show, de Stanley Green
- Broadway Musicals - The 101 Greatest Shows of All Time, de Ken Bloom & Frank Vlastnik
- Oz before the Rainbow - L. Frank Baum's The Wonderful Wizard of Oz on Stage and Screen to 1939, de Mark Evan Swartz
- Showtime - A History of the Broadway Musical Theater, de Larry Stempel

Artigo: O Mágico Que Criou Oz

































Texto e Pesquisa: Aureo Brandão (articulista convidado)


L. Frank Baum conheceu por demais o insucesso - até que inventou o reino fascinante que ainda encanta as crianças do mundo inteiro.

No fim do século XIX, após fracassar em quase tudo o que tentara, um homem escreveu à irmã: "Quando eu era moço, ansiava por escrever um grande romance que me desse fama. Agora que estou ficando velho, meu primeiro livro é escrito para divertir crianças. É que, além da minha evidente incapacidade para escrever o que quer que seja de 'grande' descobri que agradar a uma criança é uma coisa que conforta o coração".

O homem era Lyman Frank Baum, e seu livro mais conhecido começou a tomar forma quando um grupo de crianças, à frente seus quatro filhos, o pegaram de surpresa numa noite, em sua modesta casa de Chicago, e exigiram um história. Baum contou-lhes a respeito de uma menina de fazenda do Kansas chamada Dorothy, que foi carregada por um ciclone para uma terra estranha onde encontrou um espantalho, um homem de lata e um leão medroso. Uma das crianças perguntou:

- Como se chama essa terra?

Tomado de surpresa, Baum olhou em volta a procura de inspiração. Num canto da sala havia uns arquivos, e um deles estava marcado com as letras O - Z.

- A Terra de Oz! - exclamou sem saber que acabava de acrescentar uma nova palavra à lingua inglesa.

(William W. Denslow)
(William W. Denslow)  

































Baum raramente escrevia as histórias que gostava de contar aos filhos, mas sentiu uma estranha atração por aquela. Anotou-a em umas folhas de papel e levou-a ao ilustradorWilliam W. Denslow (foto acima) que projetou um livro ambicioso com ilustrações coloridas a serem superpostas ao texto. Baum concordou entusiasticamente. Mas os editores não.

A obra dos dois homens foi rejeitada por quase todas editoras de Chicago. A concepção de Baum de "um conto de fadas americano" era um desvio muito radical das tradições da literatura juvenil, e as requintadas ilustrações de Denslow tornariam proibitivo o preço do livro. Finalmente, porém, um editor, George Hill concordou em publicá-lo. se Baum e Denslow pagassem todas as despesas de impressão. Achou que o novo livro poderia vender no máximo 5.000 cópias.

(Capa da primeira edição)  














































O MARAVILHOSO MÁGICO DE OZ foi publicado em 1º de agosto de 1900. Em outubro foi preciso imprimir mais 25.000 exemplares e outros 30.000 em novembro. Até hoje foram publicados mais de dez milhões de unidades, que fizeram o livro tornar-se um sucesso de livraria.

(L. Frank Baum)  














































Frank Baum nasceu em Chittenango, Nova York, em 15 de maio de 1856, o sétimo dos nove filhos de um próspero negociante de petróleo. Era uma criança doentia e passava grande parte do tempo encenando fantasias com uma legião de companheiros imaginários. Quando tinha 12 anos, os pais mandaram-no para um colégio militar, com o propósito de arrancá-lo do seu mundo de sonhos. Daí em diante, ele conservaria sempre aversão aos militares. Um dos temas prediletos nos livros de Oz é um exército composto de hordas de generais, coroneis, majores e capitães comandando um soldado medroso que é incumbido de lutar por todos. Mas Baum nunca foi capaz de uma maldade. Durante algum tempo ele se enamorou do palco e, com o auxílio financeiro do pai, formou um grupo de artistas para representar Shakespeare. Casou-se em 1882 com Maud Gage, filha de uma sufragista militante a qual visitava regularmente o casal no inverno. Também ela ouvia as histórias. E disse um dia: - Você devia tentar publicar essas coisas. Baum achou graça na idéia, mas a esposa observou com firmeza: - Mamãe quase sempre tem razão no que diz.

Assim, instado pelas duas mulheres, Baum procurou um editor para uma coleção de contos inspirados pelos versos de Mamãe Gansa, que foram publicados em 1897 sob o título de "Mamãe Gansa em Prosa". O livro teve boa aceitação e Baum escreveu logo depois "Papai Ganso, Seu Livro" ilustrado por Denslow. Veio em seguida o êxito milagroso de Oz. Apesar de encantado com o sucesso do Mágico, Baum não tinha intenção de escrever outro livro de Oz. Mas, para as crianças, Oz era um lugar real e o próprio Baum se sentiu atraído por ele. Assim em 1904, escreveu "A Maravilhosa Terra de Oz". Obteve quase o mesmo sucesso do Mágico.

(Ozma de Oz)  
































Baum passou a outros livros. Escreveu "Rainha Zixi de Ix", um conto de fadas bem arquitetado e três romances para adultos que não agradaram. Em 1907 ele voltou ao seu reino com "Ozma de Oz", um grande sucesso. Embora Baum escrevesse outros livros e tentasse novos empreendimentos, não adiantava. As crianças queriam Oz, e ele não teve escolha. Escreveu mais oito livros de Oz começando com "A Menina de Remendos de Oz" em 1913, e daí por diante produzindo pelo menos um por ano.

Em 5 de maio de 1919, seu coração fraquejou. Perdeu a consciencia e no dia seguinte, morreu. Ano após ano os livros de Oz continuam a serem vendidos. É o tributo ao sonhador que achava essencial agradar a uma criança.


Fontes:
Down the Yellow Brick Road de Doug McClelland
The Making of The Wizard of Oz de Aljean Harmetz
Seleções do Reader´s Digest



Veja mais imagens:

(ilustração de Denslow)
(ilustração de Denslow)  

(ilustração de Denslow)
(ilustração de Denslow)  

(L. Frank Baum e personagens de Ozma of Oz - um dos livros que ele escreveu após o sucesso de O Mágico de Oz - na apresentação da companhia teatral
(L. Frank Baum e personagens de Ozma of Oz - um dos livros que ele escreveu após o sucesso de O Mágico de Oz - na apresentação da companhia teatral   

(Baum - segundo da esquerda - e sócios da
(Baum - segundo da esquerda - e sócios da "Oz Film Manufacturing Company" criada para adaptar ao cinema suas obras infantis)  

Artigo: Over The Rainbow: Como o Arco-Íris surgiu em 'O Mágico de Oz'

































Por Claudio Erlichman (articulista convidado)

"Deixa os rapazes ficarem com a droga desta música. Matar ela não vai!".
Louis B. Mayer



Embora não tenha sido composta para um musical, e sim para um filme, a canção Over The Rainbow acabou se tornando universalmente conhecida, e até hoje, 73 anos após ter sido cantada pela primeira vez, continua sendo um sinônimo de otimismo:



Somewhere over the rainbow
Way up high,
There's a land that I heard of
Once in a lullaby.

Somewhere over the rainbow
Skies are blue,
And the dreams that you dare to dream
Really do come true.

Someday I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far
Behind me.
Where troubles melt like lemon drops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me.

Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly.
Birds fly over the rainbow.
Why then, oh why can't I?

If happy little bluebirds fly
Beyond the rainbow
Why, oh why can't I?


A MGM originalmente planejava ter Jerome Kern escrevendo o score musical para 'O Mágico de Oz' (The Wizard of Oz, 1939), mas quando ele sofreu um derrame, o estúdio se voltou para Harold Arlen e E.Y. "Yip" Harburg. Eles produziram uma série de canções brilhantes que conduziam a história em trechos extensivos como "Ding Dong! The Witch is Dead" (vídeo abaixo):



nos padrões das operetas de Gilbert & Sullivan, como em "If I Only Had a Brain" (vídeo abaixo):



ou na contagiante "We're Off to See the Wizard" (vídeo abaixo):



Só ficava faltando para eles escrever uma balada de "enternecimento" e saudade, para Dorothy cantar no começo do filme.

Harold Arlen e Yip Harburg queriam escrever uma balada extraordinária para Judy Garland, mas o compositor ficou bloqueado. "Eu jamais vou conseguir dizer para você o tormento e angústia que um compositor passa quando todo o score já está pronto, mas ele ainda não conseguiu aquele grande tema que o Louis B. Mayer estava esperando", disse Harburg. "O contrato era de catorze semanas, e nós estávamos na nossa décima quarta semana. Se trabalhássemos mais uma semana, nós não seríamos pagos por ela. Eu certamente transpirava, mas a inspiração não vinha para começar uma canção." Então, numa noite, Arlen se dirigiu até a famosa drugstore Schwab's, na Sunset Boulevard, aonde muitas estrelas foram descobertas para a fama. De repente uma melodia clara e completa estalou em sua cabeça. Mais tarde ele recordou, "Isto foi como se Deus tivesse dito: - Bem, aqui está. Agora pare de se preocupar".

Arlem dirigiu até a casa de Harburg mesmo sabendo que já se passava da meia noite. Entretanto, quando Harburg ouviu a melodia, ele comentaria: "Meu coração parou. Ele tocou com tal extensão sinfônica e bravura que a minha primeira reação foi: - Oh! Não para a pequena Dorothy. Esta música é para Nelson Eddy". Então eles levaram a melodia para o amigo Ira Gershwin. Quando Arlen tocou de novo a música com as mesmas harmonias grandiosas, Ira pediu a ele que largasse a pompa e tocasse a música com somente um dedo. De repente a beleza e a simplicidade da melodia começou a brilhar.

Frank Baum, o autor de 'O Mágico de Oz', nunca mencionou um arco-íris em seu livro, mas Harburg pensou que uma garotinha no árido e enfadonho Kansas, somente encontraria cor em sua vida olhando para um arco-íris. Sua inspiração, por sua vez, deu ao diretor Victor Fleming a idéia de filmar as sequências do Kansas em tons de marrom e sépia, depois trocando para Tecnicolor quando Dorothy entra no Reino de Oz.

Enquanto o filme era rodado, o diretor (na verdade foram cinco diretores), os produtores, e praticamente todo mundo, achava que a canção deveria ser cortada porque ela tirava o ritmo do filme. Após cada preview, eles a tiravam, mas após cada corte os compositores, apoiados por um jovem assistente chamado Arthur Freed, que também era um compositor, invadiam o escritório de Louis B. Mayer adentro para brigar por ela. Mayer (um dos fundadores e chefe da MGM), que podia ser um tirano, tinha um fraco por compositores. Finalmente ele disse a Freed: "deixa os rapazes ficarem com a droga desta música. Matar ela não vai!".

Over the Rainbow acabou se tornando uma canção clássica norte-americana, venceu o Oscar de Melhor Canção, além de ser a canção carro-chefe de Judy Garland. O American Film Institute a elegeu como a maior canção já composta para um filme em todos os tempos, na sua lista AFI 100 Anos. 100 Canções".


Veja abaixo a interpretação ula-ula-cult de Israel "IZ" Kamakawiwoʻole para Over the Rainbow:



Finalmente em 1987, Over the Rainbow pode ser escutada nos teatros, quando 'O Mágico de Oz', com o mesmo score do filme foi levado aos palcos pela Royal Shakespeare Company. No elenco original tivemos Imelda Staunton como Dorothy.


Ouça aqui a versão de Frank Sinatra:



E aqui a de Kristin Chenoweth:



Dez anos depois tivemos uma montagem de curta temporada no Madison Square Garden, em Nova York. Co-produzida pela Royal Shakespeare Company e a Paper Mill Playhouse, tínhamos no elenco Roseanne Barr como a Bruxa Malvada do Oeste. Esta produção foi reencenada no ano seguinte, também no Madison Square Garden, desta vez estrelando Mickey Rooney como o Mágico e Eartha Kitt como a Bruxa Malvada do Oeste. Desde 2008 até janeiro de 2012 tivemos uma turnê americana desta versão do espetáculo, com novas tecnologias para a cenografia e efeitos especiais, que se revelou um sucesso, rodando em cidades por todo os EUA.


Abaixo, em primeira-mão, uma estrofe da versão brasileira que Claudio Botelho fez para Over the Rainbow:

"Além do arco-íris
Um lugar
Que eu ouvi
Na canção feliz
Que me fez sonhar."



A versão completa poderá ser conferida em breve na montagem de 'O Mágico de Oz', com direção da dupla Charles Möeller & Claudio Botelho. É esta mesma sensacional superprodução da Royal Shakespeare Company, com estreia prevista para junho, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.


FONTES:

- Encarte do CD "The Wizard of Oz" 1998 Madison Square Garden Cast Recording, TVT Records.
- The American Songbook: The Singers, Songwriters & The Songs, de Ken Bloom e Michael Feinstein.
-"Spirited trip down yellow brick road / Review of 'The Wizard of Oz' at the Barbican", The Times, December 18, 1987, de Jeremy Kingston.
-Who Put the Rainbow in the Wizard of Oz?, de Harold Meyerson e Ernie Harburg.

O Vestido de Dorothy

Você sabia que o famoso vestido de Dorothy (Judy Garland) no filme "O Mágico de Oz" foi leiloado por R$ 670 mil em 2005???

Um vestido de algodão azul e branco usado por Judy Garland em O Mágico de Oz foi comprado por 140 mil libras (mais de R$ 670 mil) em um leilão em abril de 2005, em Londres.

O comprador fez o lance por telefone e não foi identificado. O preço pago ficou muito acima do esperado pela casa de leilões Bonhams que previa algo entre 25 mil e 35 mil libras (entre R$ 120 mil e R$ 168 mil).

O vestido foi feito sob medida para a atriz, que tinha 17 anos quando interpretou a personagem Dorothy, em 1939. A cintura mede 68 centímetros, e o nome de Judy Garland está bordado numa etiqueta na bainha da roupa.

"Ele se tornou uma lembrança guardada com carinho por milhões de fãs em todo o mundo", disse o porta-voz da Bonhams, Jon Baddeley. Segundo ele, o vestido representa "a mágica da infância no mais amado filme do século 20".

A casa de leilões não identificou o proprietário que pôs o vestido à venda. Ele comprou a peça na Sotheby´s em Nova York em 1989. Outro vestido de Judy Garland - um dos cerca de seis feitos para o filme - foi comprado em 1999 pelo arquivista de Nova York Michael Benson. Na época, a peça foi vendida por 199,5 mil libras (mais de R$ 955 mil) - dez vezes o preço esperado. Um terceiro vestido da personagem Dorothy faz parte da coleção particular da atriz Debbie Reynolds.






















Três dos Munchkins ainda estão vivos

Você sabia que ainda estão vivos três atores que interpretaram os Munchkins no filme 'O Mágico de Oz' em 1939? 

São eles: Ruth Robinson Duccini (1918 - ), Jerry Maren (1920 - ) e Margaret Pellegrini (1923 - ). 

São os únicos atores vivos que interpretaram os Munchkins no filme.

Você sabia que em 2013 será lançado o filme "Oz - The Great and Powerful", com James Franco?

Em 2013, estreia "Oz - The Great and Powerful", uma 'prequela' do clássico de 1939 "O Mágico de Oz". O filme vai mostrar como um mágico de circo se tornou o famoso e poderoso senhor da Terra de Oz.
No elenco, James Franco (Oscar Diggs), Rachel Weisz (Evanora), Michelle Williams (Glinda) e Mila Kunis (Theodora).

Quando Oscar Diggs (Franco), um mágico de circo com uma ética discutível, é carregado do poeirento Kansas para a vibrante Terra de Oz, ele acha que tirou a sorte grande - fama e fortuna ao seu dispor. Até que ele encontra três bruxas, Theodora (Kunis), Evanora (Weisz) e Glinda (Williams), que não estão convencidas de que ele é o grande feiticeiro que todos imaginam.

Relutantemente tragado pelos épicos problemas em que a Terra de Oz e seus habitantes estão enfrentando, Oscar tem que descobrir quem é bom e quem é mal, antes que seja tarde demais. Colocando em prática suas artes mágicas da esperteza e do ilusionismo - e até um pouco de feitiçaria - Oscar se transforma não apenas no grande e poderoso Mágico de Oz como também em um homem melhor.

"Oz, The Great And Powerful" é dirigido por Sam Raimi (da trilogia "Homem-Aranha"). A produção é de Joe Roth.

O filme será lançado em cópias 2D e 3D a partir de 08 de Março de 2013.

Você sabia que Dorothy de 'O Mágico de Oz' quase foi interpretada por Shirley Temple?

clique na foto para ampli�-la
Shirley Temple
Apesar de Judy Garland ter sido sempre a favorita para interpretar Dorothy no filme 'O Mágico de Oz' (1939), havia muitas outras atrizes em Hollywood que também foram consideradas para protagonizar o filme.
 
Entre elas estava Shirley Temple, então com uma idade mais próxima à de Dorothy (Temple tinha 11 anos, enquanto Judy Garland tinha 17).
 
Temple era também a maior estrela mirim da década de 1930, assim como é considerada a mais famosa de todos os tempos.
 
Como Temple estava sob contrato com a 20th Century Fox, um acordo foi oferecido a seu empresário: ela iria para a MGM em troca de Clark Gable e Jean Harlow.
 
No entanto, a extensão vocal de Shirley Temple foi considerada insatisfatória pelos produtores de 'O Mágico de Oz', que desistiram dela para o papel.
 
As jovens estrelas Deanna Durbin e Bonita Granville também foram cogitadas, mas quem levou o papel foi mesmo Judy Garland.
 
Para viver uma menina mais jovem, a atriz teve que usar uma incômoda cinta em seu torso para esconder os seios.

'O Mágico de Oz' - O Filme
Um Conto de Fadas (e Bruxas) Eterno

'O Mágico de Oz', de 1939, é sem dúvida um dos filmes mais queridos, vistos e cultuados de todos os tempos. Ele também representou um salto tecnológico para a época - foi um dos primeiros a usar o technicolor.

A crítica especializada frequentemente se refere ao filme como uma obra-prima de cenografia, figurino, coreografia, música, letras e história. 

Mas muitos desconhecem que a película estrelada por Judy Garland não foi a primeira adaptação das aventuras de Dorothy e seus amigos para o cinema - pelo menos seis versões foram produzidas anteriormente, a maioria baseada mais no musical da Broadway de 1902, do que no romance original de L. Frank Baum. 


































A versão da MGM 

Em 1938, o poderoso Louis B. Mayer, fundador do famoso estúdio de Hollywood Metro-Goldwyn-Mayer, comprou, por sugestão do produtor Mervyn LeRoy, os direitos de tela para 'O Mágico de Oz' por US $ 75.000. A quantia era considerada astronômica para a época. 





Impressionado com o sucesso estrondoso alcançado por Walt Disney em 'Branca de Neve e os Sete Anões', Mayer decidiu apostar suas fichas em um tema que pudesse atrair tanto o público infantil como o adulto. Walt Disney queria fazer 'O Mágico de Oz' após 'Branca de Neve', mas a MGM já possuía os direitos do livro, para a sorte de Mayer!




























































O filme começou a ser feito em 13 de Outubro de 1938 e foi concluído em 16 de Março de 1939, ao custo de US$ 2,7 milhões. Mas não pensem que tudo foram flores nestes cinco meses de produção! 

'O Mágico de Oz' contou com o trabalho de 14 roteiristas e nada menos que cinco diretores diferentes: Richard Thorpe (afastado por seu trabalho ter sido considerado insatisfatório), George Cukor (assumiu a direção temporariamente), Victor Fleming (filmou a maior parte do clássico, até que foi chamado para 'E O Vento Levou'), King Vidor (filmou principalmente as cenas em sépia no Kansas) e o produtor Mervyn LeRoy, que também dirigiu algumas cenas de transição.


As Filmagens

Como a maioria dos filmes da década de 1930, 'O Mágico de Oz' foi filmado em sets construídos em estúdio. O set era tão grande que até nove câmeras foram colocadas em arbustos, plantas e vasos. As câmeras escondidas faziam os close-ups, enquanto a câmera principal era usada para capturar a cena toda. 



















































"O Mágico de Oz" impressiona até hoje pela exuberância de sua fotografia, que utiliza vários modelos fotográficos (o início e o final são em sépia, enquanto o meio do filme é de um colorido deslumbrante), bem como pela criatividade dos cenários, pelo excepcional trabalho de maquiagem e pelos efeitos especiais absolutamente inovadores para a época.

O departamento de figurino da MGM fez quase 1000 peças para os 600 atores do filme. Os figurinos dos personagens principais eram altamente elaborados, mas até mesmo os trajes dos figurantes exibiam um rico acabamento e cuidado nos detalhes. 





Estreia e Bilheteria ruim

Antes da estreia oficial, o filme teve três previews: dois no dia 11 de agosto de 1939 (em Kenosha, Wisconsin e em Cape Cod, Massachusetts) e outro no dia seguinte, no Strand Theatre, em Oconomowoc, Wisconsin.

A estreia em Hollywood ocorreu em 15 de agosto, no Grauman's Chinese Theatre. Já a estreia em Nova York, em 17/08, aconteceu no Loew's Capitol Theatre e foi seguida por uma apresentação ao vivo de Judy Garland e seu frequente parceiro de filmes, Mickey Rooney. 

Eles continuariam se apresentando em estreias por semanas. A estreia nacional ocorreu em 25 de agosto de 1939.

O filme arrecadou aproximadamente $3 milhões (algo como $50 milhões atuais), o que contrariou as expectativas da MGM, que mal pagou o custo da produção. As críticas foram amigáveis, mas não arrebatadores e a bilheteria foi decepcionante.

'O Mágico de Oz' ganhou dois prêmios Oscar: melhor trilha sonora e melhor música por "Over the Rainbow".


TV, VHS, DVD e Blu-Ray 

'O Mágico de Oz' tornou-se o fenômeno que é ainda hoje apenas quando foi relançado em 1949 e, principalmente, quando foi exibido pela primeira vez na TV, em três de novembro de 1956, na CBS. Estima-se que 45 milhões de pessoas tenham assistido a transmissão.

Encorajada pela resposta positiva, a CBS decidiu torná-lo uma tradição anual, exibindo-o todo mês de dezembro, de 1959 até 1962, no horário nobre. Desde então, o filme foi apresentado na televisão apenas uma vez por ano por mais de duas décadas. Quem era criança na década de 1960 viu 'O Mágico de Oz' em uma TV preto e branco a cada ano e esperava o ano inteiro por isso!

'O Mágico de Oz' foi lançado em VHS em 1980 e em laserdisc em 1989. O lançamento do primeiro DVD do filme foi em 26 de março de 1997. 


































Em 2009, o clássico completou 70 anos de lançamento e para comemorar foi lançada uma belíssima edição do filme em Blu-ray, com vários extras, como documentários, a versão completa do filme mudo de 1914, materiais de bastidores como fotografias, notas de estúdio e páginas de script, curiosidades, depoimentos, cenas excluídas etc. 


Curiosidade

Você pode não acreditar, mas o grande sucesso 'Over the Rainbow' por pouco foi excluído do filme: O produtor Louis B. Mayer não gostou nada do fato de que Judy Garland seria vista cantando em um curral, cercada de galinhas e outros animais. Graças ao produtor Arthur Freed, a música foi incluída!

Divulgaremos aqui no Site outras curiosidades de 'O Mágico de Oz'! 


Fontes de Referência: 

- "The Wizard of Oz, Produced by the Wizards of Hollywood, Works Its Magic on the Capitol's Screen". By FRANK S. NUGENT

- TO SEE THE WIZARD. Oz on Stage and Film

- Thoughts on 'The Wizard of Oz' at 70. Mick LaSalle, Chronicle Movie Critic. October 30, 2009

- Cult Movies - 7 Anos de Paixão Pelo Cinema

- O Mágico de Oz - Sete décadas de fantasia, sempre renovada. Por Regina Ricca.

- Wikipedia

A história do Mágico de Oz

"A história de O Mágico de Oz foi escrita exclusivamente para agradar crianças de hoje. Ele aspira a ser um conto de fadas moderno, em que o espanto e alegria são mantidos e os sofrimentos e pesadelos são deixados de fora".

L. Frank Baum
Chicago, abril, 1900




Desde sua primeira publicação, em 1900, 'O Mágico de Oz' tornou-se um dos livros infantis mais lidos e amados de todos os tempos. 

O que torna esse livro tão especial e duradouro?

O romance de L. Frank Baum, originalmente intitulado "O Maravilhoso Mágico de Oz", é um dos maiores sucessos editoriais da literatura infantil. A obra tem sido traduzida para diversos idiomas e adaptada para o cinema, teatro e televisão. 

L Frank Baum 

Nascido em 1856, em Chittenango, Nova York (EUA), Lyman Frank Baum era um homem sonhador e criativo, que sempre gostou de estar rodeado de crianças e contar histórias para elas. 

Antes de ser um escritor de sucesso, foi editor de jornal, ator, gerente de vendas, vendedor ambulante e até tentou criar uma raça exótica de galinhas. 

Passava muitas horas viajando a trabalho e na volta gostava de contar histórias para os filhos e para as crianças da vizinhança. 

Foi assim que sua sogra o incentivou a escrever as histórias que contava. Nasceu então o primeiro livro de Baum, 'Mamãe Ganso em Prosa' (1897). No ano seguinte, Baum publicou "Papai Ganso", que se tornou um grande sucesso e o best-seller infantil daquele ano. Este livro foi ilustrado por W. W. Denslow, com quem ele trabalharia de novo em 'O Mágico de Oz'.


O Maravilhoso Mágico de Oz

Uma noite, um grupo de crianças pegou Baum de surpresa e exigiu que ele contasse uma história. Baum contou-lhes a respeito de uma menina de fazenda do Kansas chamada Dorothy, que foi carregada por um ciclone para uma terra estranha onde encontrou um espantalho, um homem de lata e um leão medroso. Uma das crianças perguntou:

- Como se chama essa terra?

Pego de surpresa, Baum olhou em volta a procura de inspiração. Num canto da sala havia uns arquivos, e um deles estava marcado com as letras O - Z.

'A Terra de Oz!', exclamou sem saber que acabava de acrescentar uma nova palavra à língua inglesa.

Nascia então um dos livros de mais sucesso de todos os tempos: "The Wonderful Wizard of Oz" (O Maravilhoso Mágico de Oz). 

Baum e o ilustrador Denslow queriam que o livro fosse refinado e tivesse cores, o que era raro na época. Seriam 24 gravuras coloridas e mais de 100 ilustrações em duas cores. 

O livro foi considerado uma inovação e arrancou elogios do The New York Times. A publicação vendeu 90 mil exemplares, tornando-se best seller por dois anos consecutivos. 

A ideia de Baum era escrever um volume só. No entanto, o apelo que tinha para as crianças e a forma com que despertava a atenção delas fizeram com que o livro fosse um sucesso, e, quatro anos depois, a pedido do público, ele escreveu uma continuação. 

Ao todo foram 14 volumes escritos por Baum contando as histórias da Terra de Oz. Seu último livro, 'Glinda of Oz', foi publicado um ano após sua morte, em 1920, mas a série de Oz continuou a ser escrita e publicada ainda por muito tempo por meio de vários autores. 

A obra de Baum tem sido traduzida para diversos idiomas e adaptada para o cinema, teatro e televisão. 

Dois anos depois da publicação, Baum, Denslow, o compositor Paul Tietjens e o diretor Julian Mitchell produziram um musical baseado na história do livro. O espetáculo 'O Mágico de Oz' estreou em Chicago para, logo depois, conquistar os palcos da Broadway. A produção acabou ficando mais de um ano em cartaz em Nova York e Brooklin; e viajou durante seis anos pelos Estados Unidos.

A magia da história de Dorothy, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde continua encantando crianças e adultos do mundo inteiro até os dias de hoje. Tudo isso foi fruto da imaginação de um homem que nos deixou esse legado, nos deixou a Terra de Oz. 




Curiosidades 

* Baum publicou vários livros não relacionados à Oz. Várias obras de sua autoria foram publicadas com pseudônimos diferentes, como "Edith Van Dine", "Schuyler Staunton" "Laura Bancroft", "Suzanne Metcalf", "Capt. Fitzgerald" e um como anônimo.


* Alguns veem a história de L. Frank Baum como uma sátira política e social. A menina do Centro-Oeste (típico cidadão norte-americano) reúne-se com um espantalho sem cérebro (agricultores), um homem de lata sem coração (indústria), um leão covarde (políticos, em particular, William Jennings Bryan) e um mágico impotente (tecnologia). 

PERSONAGENS


Glinda, a Bruxa Boa do Norte

No livro 'O Maravilhoso Mágico de Oz´, de L Frank Baum, publicado em 1900, Glinda é chamada de 'Bruxa Boa do Sul'. É ela quem ajuda Dorothy a voltar pra casa, revelando o poder dos sapatinhos de prata (na história original eram de prata e não de rubi).

No livro, Glinda é retratada como uma mulher muito bonita, com cabelos vermelhos longos e olhos azuis, e trajando um lindo vestido branco. Mas ela é bem mais velha do que sugere sua aparência!

No filme de 1939, Glinda aparece como a Bruxa Boa do Norte (e não do Sul, como no livro). A Glinda das telas executa as funções das duas bruxas, em uma tentativa de deixar a história mais compacta, como convinha a um filme musical da MGM.

Para os roteiristas de 'O Mágico de Oz', uma única bruxa boa e uma única bruxa má permitia desenvolver uma narrativa mais coesa e convincente em um filme de entretenimento familiar, com pouco mais de 100 minutos de duração.

Segundo os adaptadores, duas bruxas boas não teriam contribuído para a jornada pessoal de Dorothy e para o crescimento eficaz da personagem, que era o que eles estavam interessados em retratar.

No filme da MGM, a Bruxa Boa que viaja por uma bolha, usa um vestido cor de rosa, uma coroa da mesma cor e carrega uma varinha de condão com uma estrela muito brilhante na ponta. É ela quem instrui Dorothy a seguir a estrada de tijolos amarelos que vai para a Cidade das Esmeraldas, onde o poderoso Mágico de Oz será capaz de conceder o desejo da menina de retornar ao Kansas.

Considerada a feiticeira mais poderosa da Terra de Oz, Glinda sabia dos poderes dos sapatinhos de rubi, mas escondeu essa informação de Dorothy, no início, para facilitar sua maturidade psicológica e emocional.

Bruxa Má do Oeste































A Bruxa Má do Oeste é a grande antagonista do livro 'O Maravilhoso Mágico de Oz´, de L. Frank Baum. Ela é a governante do país Winkie, na Terra de Oz, onde fez dos Winkies seus escravos, e conta com a ajuda dos macacos voadores. 

Na famosa adaptação do clássico para o cinema, de 1939, a Bruxa Má do Oeste aparece como irmã da Bruxa Má do Leste, embora isso não seja mencionado no romance original.

No livro, as duas bruxas uniram-se para conquistar a Terra de Oz e dividi-la entre si. A Bruxa do Oeste foi descrita como uma mulher tirana, velha, pançuda, com três tranças e um tapa-olho. L. Frank Baum explicou que ela só tinha um olho, mas que este "era tão poderoso quanto um telescópio", permitindo que a bruxa visse o que acontecia em seu reino das janelas de seu castelo.

Alguns ilustradores dos livros de Oz, como Paul Granger, colocaram seu olho no centro da testa, como um ciclope.

A Bruxa não carregava uma vassoura no livro e sim um guarda-chuva, sem dúvida, para se proteger da água que é tão letal para ela. 

Na versão para o cinema de 1939 de 'O Mágico de Oz', a Bruxa Má do Oeste é curvada, tem pele verde, nariz e queixo pontiagudos, e usa um vestido longo preto com um chapéu também preto e pontiagudo. Esta representação da Bruxa Malvada tornou-se um padrão mundial para a aparência de bruxa e um arquétipo para a maldade humana. 

No filme ela entra mais cedo na história do que no livro, e é muito mais ameaçadora. 

A personagem ocupa a 4 ª posição na lista do American Film Institute dos 50 melhores vilões de todos os tempos, sendo o maior vilão do gênero feminino. 

Tanto no livro original como no filme de 1939, a Bruxa Má do Oeste não tinha nome. No livro 'Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West', de 1995, e no recente musical da Broadway, 'Wicked', a Bruxa Má do Oeste é chamada de Elphaba (nome formado a partir das iniciais do autor L Frank Baum - El-Pha-Ba).